quinta-feira, 9 de julho de 2015

FRANQUEADOS DA PODEROSO É A ESPORTIVA MAIS FALIDA DO BRASIL


Corinthians e SPR prometem ações para melhoras vendas das lojas
Para se tornar dono de uma Poderoso Timão você precisa desembolsar entre R$ 150 mil e R$ 250 mil. Segundo o próprio site, é uma franquia que conta com o potencial de "um público consumidor fiel formado por cerca de 30 milhões de torcedores do Corinthians". No entanto, investir seu dinheiro apostando na paixão da torcida mais fiel do país não vem sendo uma boa alternativa.
Um grupo de franqueados insatisfeitos com os baixos rendimentos das lojas criou uma associação e cobra mais apoio do Corinthians, da SPR - empresa responsável pela franquia - e do Banco Plural. "Sempre tivemos problemas, desde o início. Falta de mercadoria, demora nas entregas, falta de produtos homologados", contou Alessandra Vieira, dona da loja Poderoso Timão do Shopping Frei Caneca, em entrevista ao Meu Timão.
"Todo mundo (outros franqueados) reclamava e ninguém fazia nada. Aí decidimos montar a associação. Mandamos notificações para o Corinthians, SPR e Banco Plural pedindo melhorias e nada foi feito. Agora decidimos jogar na imprensa e abrir processo", completou.
O "jogar na imprensa" foi feito por meio das redes sociais. Um desabafo da empresária chamou a atenção em grupos no Facebook. "O Corinthians não fala nada, não quer saber de nada. Pagamos royalties e não sabemos para onde vai o dinheiro", contou. "Em outubro do ano passado, tivemos uma reunião com o Andrés, o Dr. Santoro e o Alexandre, do marketing. Mas eles não fizeram nada. Disseram que iriam nos ajudar, que iriam investigar, mas nada foi feito até agora", completou a empresária.

SPR explica situação e promete ações

Do outro lado está a empresa SPR, comandada pelo empresário Pedro Grzywacz. No site da SPR Sports é possível ver uma vitrine de notícias positivas sobre a Poderoso Timão. As três últimas comemoram o fato de ser a segunda rede de franquias que mais cresce no Brasil e de um prêmio e selo recebidos pela Associação Brasileira de Lojista de Shopping.
Por meio de sua assessoria de imprensa, a SPR se posicionou sobre o caso e explicou a situação dos franqueados e, em especial, sobre a loja do Shopping Frei Caneca e sua proprietária.
"Estamos diante de uma crise no país e ninguém pode negar isso. O setor de varejo é um dos mais afetados. Além disso, um fato que implica de forma negativa é o rendimento atual do Corinthians. O time foi eliminado, não vem de uma fase boa e a performance recai de forma direta no consumo e vendas dos produtos", começa explicando a empresa.
"Sobre a associação é um número pequeno de franqueados que estão insatisfeitos. Mas entendemos o momento complicado geral e não vamos virar as costas. Já nos reunimos várias vezes e estamos correndo atrás de soluções para ajudar as franqueadas e fazer com que essa rede continue tão vitoriosa como foi durante tanto tempo", explicou.
Dentro dessa soluções está um plano de ações que está sendo preparado pela SPR e pelo Corinthians, que também não está deixando os franqueados de lado. "Ambos estamos preocupados com a situação. Vai ser lançado um pacote de ações para dar auxílio para ajudar as lojas nesse momento. Serão várias ações comandadas pela SPR e Corinthians para ajudar a rede como um tudo", adiantou.
Sobre a franqueada em questão, que publicou nas redes sociais acusações de desvio de dinheiro, entre outras coisas, a SPR diz que o caso dela é algo à parte e que a empresa já tomou medidas para evitar novas denúncias.
"Essa franqueada em questão está extremamente endividada e, por isso, foi bloqueada na SPR por falta de pagamentos de produtos. Ela não consegue comprar por isso, por não ter honrado seus compromissos com a empresa. Sobre as acusações, já foi encaminhado ao departamento jurídico e ela vai responder judicialmente, principalmente por ter envolvido valores nas acusações", encerra a empresa.
Atualização, 18h47: Alessandra Vieira procurou o site pedindo o direito de dar uma resposta sobre a afirmação da SPR. Segundo a empresária, ela não está bloqueada e, inclusive, recebeu mercadoria normalmente na última semana, mesmo sem pedir.


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